LITERATURA – BRASILEIRA


Anjo (Castro Alves)

“AI! QUE VALE a vingança, pobre amigo,
Se na vingança a honra não se lava?…
O sangue é rubro, a virgindade é branca —
O sangue aumenta da vergonha a bava.

“Se nós fomos somente desgraçados,
Para que miseráveis nos fazermos?
Deportados da terra assim perdemos
De além da campa as regiões sem termos…

“Ai! não manches no crime a tua vida,
Meu irmão, meu amigo, meu esposo!…
Seria negro o amor de uma perdida
Nos braços a sorrir de um criminoso!…”

Castro Alves

Poema extraído da obra A Cachoeira de Paulo Afonso de Castro Alves.
Disponível em domínio publico (A cachoeira de Paulo Afonso)

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