antigamente
diziam: cuidado,
as paredes têm ouvidos
então
falávamos baixo
nos policiávamos
hoje
as coisas mudaram
os ouvidos têm paredes
de nada
adianta
gritar
(Ruy Proença)
Poema extraído do livro Visão do térreo de Ruy Proença. São Paulo: Editora 34, 2007.
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