LITERATURA – BRASILEIRA


Tag: Literatura

  • Romanceiro da Inconfidência

    …Liberdade, essa palavraque o sonho humano alimentaque não há ninguém que expliquee ninguém que não entenda… In Romanceiro da Inconfidência de Cecília Meireles Romanceiro da Inconfidência é uma coletânea de poemas de Cecília Meireles (1901-1964), publicada em 1953, que conta a História de Minas dos inícios da colonização no século XVII até a Inconfidência Mineira…

  • HAI KAI (Paulo Leminski)

    Paulo Leminski por Fraga hai Eis que nasce completoe, ao morrer, morre germe,o desejo, analfabeto,de saber como reger-me,ah, saber como me ajeitopara que eu seja quem fui,eis o que nasce perfeitoe, ao crescer, diminui. kai Mínimo templopara um deus pequeno,aqui vos guarda,em vez da dor que peno,meu extremo anjo de vanguarda. De que máscarase gaba…

  • A Escravidão (Tobias Barreto)

    Se Deus é quem deixa o mundoSob o peso que o oprime,Se ele consente esse crime,Que se chama a escravidão,Para fazer homens livres,Para arrancá-los do abismo,Existe um patriotismoMaior que a religião. Se não lhe importa o escravoQue a seus pés queixas deponha,Cobrindo assim de vergonhaA face dos anjos seus,Em seu delírio inefável,Praticando a caridade,Nesta hora…

  • Presságio (Fernando Pessoa)

    O AMOR, quando se revela,Não se sabe revelar.Sabe bem olhar p’ra ela,Mas não lhe sabe falar. Quem quer dizer o que senteNão sabe o que há de dizer.Fala: parece que mente…Cala: parece esquecer… Ah, mas se ela adivinhasse,Se pudesse ouvir o olhar,E se um olhar lhe bastasseP’ra saber que a estão a amar! Mas quem…

  • Liberdade (Fernando Pessoa)

    Ai que prazerNão cumprir um dever, Ter um livro para ler E não fazer ! Ler é maçada, Estudar é nada. Sol doira Sem literatura O rio corre, bem ou mal, Sem edição original. E a brisa, essa, De tão naturalmente matinal, Como o tempo não tem pressa…Livros são papéis pintados com tinta.Estudar é uma…

  • Amar (Carlos Drummond de Andrade)

    Que pode uma criatura senão,entre criaturas, amar?amar e esquecer,amar e malamar,amar, desamar, amar?sempre, e até de olhos vidrados amar? Que pode, pergunto, o ser amoroso,sozinho, em rotação universal, senãorodar também, e amar?amar o que o mar traz à praia, o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,é sal, ou precisão de amor, ou…

  • Todas as Cartas de Amor são Ridículas (Fernando Pessoa)

    Todas as cartas de amor sãoRidículas.Não seriam cartas de amor se não fossem Ridículas. Também escrevi em meu tempo cartas de amor, Como as outras, Ridículas. As cartas de amor, se há amor, Têm de ser Ridículas.Mas, afinal, Só as criaturas que nunca escreveram Cartas de amor É que são Ridículas. Quem me dera no…

  • OLHOS DE RESSACA — de 'Dom Casmurro' (Machado da Assis)

    Capítulo XXXII Tudo era matéria às curiosidades de Capitu. Caso houve, porém, no qual não sei se aprendeu ou ensinou, ou se fez ambas as coisas, como eu. É o que contarei no outro capítulo. Neste direi somente que, passados alguns dias do ajuste com o agregado, fui ver a minha amiga; eram dez horas…

  • EU OUÇO MÚSICA (Mario Quintana)

    Eu ouço música como quem apanha chuva:resignadoe tristede saber que existe um mundodo Outro Mundo… Eu ouço música como quem está mortoe sentejáum profundo desconfortode me verem ainda neste mundo de cá…Perdoai,maestros,meu estranho ar! Eu ouço música como um anjo doenteque não pode voar. Mais poemas de Mário Quintana .. O poeta Poema Bilhete A…

  • CAPÍTULO 55- O velho diálogo de Adão e Eva

    Filme Memórias Póstumas BRÁS CUBAS…………………………..? VIRGÍLIA…………………………. BRÁS CUBAS…………………………………………………………………………………… ……………………………………………….. VIRGÍLIA……………………………………! BRÁS CUBAS…………………………… VIRGÍLIA……………………………………………………………………………………………………………………………………….? ………………………………………….. ………………………………………………. BRÁS CUBAS…………………………… VIRGÍLIA……………………………………….. BRÁS CUBAS…………………………………………………………………………………. ……………………….. ……….!…………………………!………………………! VIRGÍLIA…………………………………………….? BRÁS CUBAS……………………………………….! VIRGÍLIA……………………………………………! Trecho de Memórias Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis, obra disponível para download em Domínio Público.